terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

VOZ: nosso primeiro instrumento

A voz é o nosso primeiro instrumento musical. Natural, orgânico, gratuito.
Mas temos de saber utilizá-la, pois pode se desgastar com facilidade e como tudo na vida, consertar sempre dispende tempo e recursos.

Será que estamos tratando bem das nossas vozes?

Infelizmente, nos cursos de formação de professores não há uma disciplina (ainda) que trate desse assunto tão importante, afinal, a voz é o principal veículo utilizado no magistério. Mesmo aqueles professores que têm turmas pequenas fazem uso constante de suas vozes, e precisam ter uma orientação de saúde vocal para mantê-la.

Que levante a mão o professor que nunca sentiu fadiga vocal!

Sim, já vi excelentes profissionais da música queixarem-se do desgaste devido a uma sala de aula grande, ruidosa, com grande número de alunos e outras condições prejudiciais à fonação. Temos uma realidade ainda muito propícia aos distúrbios vocais, e uma cultura de receitas de remédios caseiros que perpetua ainda mais os vícios e a falta de consciência do uso da voz profissional.

Muitas vezes, quando usamos a expressão "voz profissional", a reação dos expectadores é dizer que não são cantores ou locutores, que não sabem cantar, que têm voz de taquara rachada ou são apenas cantores de chuveiro. Mas a realidade é bem diferente. Muitos de nós não se apercebe como profissional da voz, e por isso mesmo relaxa e adquire práticas até mesmo insalubres em relação à própria voz.

E aqui vão algumas perguntas aos professores:

- Você se espreguiça ao se levantar de manhã?
- Você faz algum alongamento corporal?
- Bebe água com freqüência?
- Faz exercícios de respiração, articulação e projeção da voz?
- Você grita em certos momentos do dia-a-dia no trabalho?
- Você fala virado para a lousa de sua sala de aula?
- Você consome leite e derivados no intervalo das aulas?
- Você compete vocalmente com o ruído do seu ambiente de trabalho?

Se cada um de nós ao responder a essas perguntas, começar a perceber essas situações, será o primeiro passo para a nossa conscientização dos riscos aos quais deixamos nossas vozes expostas. Daí para a frente, cabe a nós buscar instrução e mudar esses hábitos.

É importante procurar um fonoaudiólogo para fazer uma avaliação das pregas vocais e receber orientação sobre os cuidados com a voz.